domingo, 16 de novembro de 2008

O Boi de Cuité

"A Mostra estimula as pessoas que estão envolvidas com a realização de filmes a manter uma produção periódica no estado"Paulo Henrique Borges - diretor do vídeo "Vos apresento o amor"
Divulgação

Cena do vídeo "Vos apresento o amor"
Vídeo:" Vos Apresento o Amor" é o segundo vídeo realizado pela equipe de produção que em 2000 fez o filme "O Protocolo", curta metragem vencedor do prêmio especial de melhor direção de atores ao vídeo concedido pelo júri oficial da II Mostra Competitiva do Video Potiguar, do XII Festnatal/2001". O Tema:" O Amor é o tema do filme que mostra o comportamento das pessoas que vivem um relacionamento amoroso - a relação afetiva entre os casais, neste caso representados por apenas um casal que vive as diversas fases que um relacionamento pode vir a apresentar. O roteiro de "Vos apresento o amor" foi desenvolvido a partir de duas canções, conjuntamente com a idéia de utilizar as estações do ano como metáfora para cada fase do relacionamento do casal". O Trabalho: " A pré-produção de "Vos apresento o amor" teve de ser muito bem estudada e, conseqüentemente, pré-estabelecida em todos os tópicos necessários para a realização de um filme, tais como, o desenvolvimento e finalização do roteiro, a escolha do casal de atores, a definição da direção de arte e do make-up, a escolha das locações, a definição dos horários para as gravações, a criação de uma música inédita, feita especialmente para o filme, e a realização da montagem". A Produção:"O filme - Vos apresento o amor, assim como o filme - O Protocolo, foi uma produção independente. Dito isto, todas as dificuldades encontradas no decorrer da produção foram devidamente analisadas e solucionadas com êxito e criatividade. O próximo passo é inscrever o filme em outros festivais . A Mostra:"A Mostra Competitiva estimula as pessoas que estão envolvidas com a realização de filmes a manter uma produção periódica no estado, trazendo a possibilidade da criação de um pólo produtivo para projetos de maior porte, como, por exemplo, a criação de uma faculdade ou de uma escola técnica voltada para o audiovisual no estado. Acredito que a Mostra do Vídeo Potiguar, na medida em que der a merecida e devida importância às produções a que a Mostra se destina, bem como aos seus realizadores, pode vir a incentivar mais e mais produções de filmes em nosso estado". Novos Projetos:"Novas produções em breve surgirão. Por enquanto, estão sendo devidamente estudadas para que sejam executadas, em seguida.
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Gênese

Gênese

Em 1860 chegaram na capitania do Rio Grande do Norte, o Senhor Hortêncio Costa Bezerra e sua esposa, Luzia do Amor Divino, vindo da Paraíba.Ao chegar na capitania do Rio Grande do Norte, recebeu uma grande quantidade de terras doadas pelo Capitão Mor do Nordeste, por Hortêncio ser um cidadão muito influente.Após chegar no Rio Grande do Norte, onde hoje é a região Cuiteense, Hortêncio conheceu o visinho de terras Félix Ribeiro, tornou-se amigo do mesmo e juntos compraram do comendador Antônio de Albuquerque Maranhão Cavalcante, 691 braças de terras, somando com as que eles já possuíam em 1861.
Hortêncio Bezerra da Costa casou-se com Luzia Vasconcelos do Amor Divino e tiveram seis filhos que foram: Francisca, Rita, Maria, José, Antônio e João.Em seguida João Hortêncio da Costa casou-se com Bertolina e tiveram doze filhos: Abel, Odilon, Aristides, João, Virgílio “caboclo”, Francisca, Anita, Elina, Joana, Alvina, Virgília e Joaquina.Então Virgílio hortêncio da Costa casou-se com Joaquina Roríz (Quininha) e tiveram dois filhos: João Hortêncio da costa e José Hortêncio da Costa.Assim, José Hortêncio da Costa casou-se com Celícia Gomes da Costa e tiveram três filhos: Hortência, Maria Amélia e João Hortêncio, que é Amigo da escola em nosso distrito. Essas informações foram confirmadas por Laura Ribeiro da Costa com 84 anos, moradora idosa de Cuité e também neta de Hortêncio da Costa Bezerra.
Félix Ribeiro da Fonseca casou-se com Maria Euchéria das candéias Lima Ribeiro e tiveram como filhos: Emídio Ribeiro de Amorim e Lino Alves.
Emídio Ribeiro casou-se com Isabel Maria de Medeiros e tiveram os seguintes filhos: Leonor, Joaquim, Antônio, Virgínio, Luzia Ribeiro, Celestina, Isabel, Celestino, Luzia, Elias Manoel, Maria, Silvina, Sebastiana e Amélia.Joaquim Ribeiro de Amorim casou-se com Severina e tiveram os filhos: João Ribeiro, Gilberto, Milton Ribeiro, Manoel, Humberto e outros.
João Ribeiro de Amorim casou-se com Maria Hortêncio da Costa e tiveram os filhos: Ailton e Adailton.
Essas informações foram encontradas em antigos documentos e confirmados por Laura Ribeiro e também João Ribeiro de Amorim.
Em 1890 surgiu Galdino Darum de Almeida que era casado com “Déia” e tiveram como filhos: Tomás Darum de Almeida e outros.
Tomaz Darum de Almeida casou-se duas vazes: a primeira com Joana Rodrigues Serafim, onde tiveram os filhos: Joaquim Tomaz de Almeida, Antônio Tomaz de Almeida, Caetano Tomaz de Almeida, Martins Tomaz de Almeida, João Tomaz de Almeida e Rita Tomaz de Almeida.Do segundo casamento com Antônia Gomes de Lima, vieram os seguintes filhos: Santana, Maria Tomaz (Sura), Palmira, Albertina e Altamira. Esses juntos com os Hortêncios e os Ribeiros formam a primeira geração dos habitantes do cuité.
Essas últimas informações foram fornecidas por Maria Tomaz de Almeida (Sura) uma senhora de 87 anos, nascida em Cuité e que também faz parte dessa história.
Em 1877 foi enterrada a primeira pessoa no local que é o atual cemitério do nosso Distrito.Essa pessoa morreu de fome. Como na época o cemitério da região era no Alecrim e a pessoa morta estava sem condições de prolongar à caminhada fúnebre e as pessoas que acompanhavam estavam exaustas, resolveram sepultar onde hoje é o atual cemitério. Conforme nos falou seu Pedro Januário, residente no Mucuri.
1860
CHEGADA DE HORTÊNCIO DA COSTA BEZERRA E ESPOSA, VINDOS DA CAPITANIA DA PARAÍBA.
1869
HORTÊNCIO DA COSTA E FÉLIX RIBEIRO LEGALIZAM A COMPRA DE 691 BRAÇAS DE TERRAS NO CUITÉ.
1877
1º SEPULTAMENTO ONDE HOJE É O CEMITÉRIO DO DISTRITO DE CUITÉ.
1890
O INICIO DA FAMÍLIA TOMAZ DARUM NA HISTÓRIA DE CUITÉ.
Poema
História de cuité
Antigamente o Cuité
Era muito bonitinho
A história está de pé
Sobre o hengenho capuchinho

Preste a atenção meus leitores
O que eu quero contar
É uma história de valores
Por isso eu vou narrar

O sol traz mais outro dia
Trabalho, lazer, beleza...
Tudo é vida e poesia
No esplendor da natureza
Daí um sorriso tão nobre
Que o gesto nos engrandece
Quem dá não fica mais pobre
Mas quem ganha se enriquece

Ao saldar um novo dia
O pássaro em liberdade
Traz no canto a melodia
De um hino de felicidade

Autores: Josenaldo, Daniele, Mariília e Maria.


Eu não vi o teu passado
Mas vivo o teu presente
É claro, com esse tempo...
Tudo ficou diferente

As terras que pertenciam
Todos a um dono só
Hoje pertence a muitos
Em quantias bem menores

Teus hengenhos produziam
Rapadura e aguardente
E sua tecnologia
Não agredindo o ambiente
Hoje está tudo mudado
E mais desenvolvido
Embora em alguns setores
Vejo que tem regredido
Autoras: Fernanda, silvaneide, Silvanae Adriana.
Preste a atenção meus leitores
O que eu quero contar
É uma história de valores
Por isso desejo explicar
As terras antigamente, onde é cuité
Pertenciam ao Maranhão
Descendente de Albuquerque
Homem de bravo, de ação
Depois esse Maranhão
Resolveu as terras vender
A Hortêncio e Ribeirão
Para o lugar crescer
Com o tempo essas famílias
De Hortêncio e Ribeiro
Puderam se expandir
Pelo território inteiro
Hortêncio e Ribeiro povoaram
A região de cuité
Fazendo assim, iniciara
Um povo bravo de fé
Não queremos esquecer
Um personagem a mais
Que também fez florescer
A descendência Tomaz
Falo do velho Darum
Pequeno proprietário
Sendo trabalhador comum
Seguiu seu itinerário

Assim surgiu o Cuité
Com seu povo multi-cultural
Pois esse povo de fé
Formou o eixo central
Devido ao longo tempo
Muita coisa se formou
O que era bem lento
Logo se modernizou
Queremos congratular
Essas famílias leais
Que puderam colaborar
Com o notável crescimento
De grande merecimento
Que todos podem notar
Autores: Eliane,Cristiane,Felipe,Vânia e Kaline.


Cuité
Antes do nome Cuité, o distrito, chamava-se Riacho da Cruz, pois encontraram uma cruz no riacho, onde costumavam buscar água para o consumo.
O nome Cuité se originou, provavelmente devido à algumas árvores de coités, cuités, cabaças, (nome científico cresentia cujete ).Ou por existir grandes quantidades de árvores, em que as mesmas eram utilizadas nas construções de casas da época.

ENCONTRO DE GERAÇÕES: LAURA RIBEIRO E
MARIA TOMAZ (SURA).
À ESQUERDA, ÍTALO MEIRELES, BISNETO DE SURA E
À DIREITA, LAUANA TEIXEIRA, BISNETA DE LAURA.
O ENGENHO CAPUCHINHO

O senhor Celso Meireles residia na cidade de Tacima (PARAÍBA) e resolveu vir morar aqui no Cuité. Era casado, pai de três filhas: Helena, Tilda e Jandira. O mesmo fez um engenho que era movido por quatro bois. Lá havia plantações de cana-de-açúcar. Essas plantações eram para fazer mel e rapadura, e que oferecia trabalhos para diversas pessoas da comunidade.
Os anos foram se passando e o trabalho foi regredindo. Depois o proprietário adoeceu e o engenho foi decaindo; as canas-de-açúcar foram acabando, e as pessoas perdendo o emprego. Na época, os funcionários eram: José Tomaz “Zequinha”, Juvino Castor, Avelino Pereira, Joaquim Tomaz e Antonio Jerônimo.
Com o passar dos anos, o engenho acabou-se; o proprietário chegou a falecer.
Celso Meireles era uma pessoa capacitada e inteligente e que ajudou muito as pessoas. Hoje, o que resta é somente a saudade e lembranças.
No local do engenho, hoje funciona a Escola Municipal Presidente Castelo Branco.

HISTÓRIA DOS COLEGIOS

Cuité era um lugar com poucos habitantes, não havia colégios para as crianças estudarem. Os que pretendiam estudar tinham que se deslocar para outros municípios.
Na década de 60, Cuité teve a primeira escola, cuja, professora chamava-se Elina Taboca. O prédio era uma casa, onde hoje é o atual mercado de Paulo Alves.
Anos depois, a referida professora deixou de lecionar nesse prédio. Foi providenciada outra casa, na qual pertencia a Virgilio Hortêncio, e que hoje não mais existe, cujas, professoras eram: Maria Jorge, Celícia Gomes e Ana Maria Américo.
Alguns anos depois houve a transferência dessa escola para outra casa, onde hoje é a garagem de Paulo Alves. Tendo como professora, Maria Mirtes, e diretora, Marlene Teixeira. As mesmas serviam ao estado, na “Escola Isolada do Cuité” Logo depois Anatilde Teixeira assumiu o cargo de professora pelo município e o seu setor de trabalho era na igreja de São Sebastião.
Na administração do prefeito Marival de Carvalho Dantas, foi construído a Escola Municipal Presidente Castelo Branco, a estrutura física de uma sala de aula, uma cozinha, dois banheiros e uma pequena área. Ao concluir a obra, houve a inauguração no dia 10 de dezembro de 1967. Foi gratificante para a comunidade que passou a ter mais professores. Professores que então foram: Otaciliano, Celícia Gomes, Fátima Almeida, João Batista Almeida, Miriam Hortêncio, Djanira Ribeiro, Gisela Cavalcante e Ana Américo. No ano de 1974, Dona Celícia passou a ser dirigente da escola Municipal Presidente Castelo Branco, ocupando esse cargo por dois anos.
A primeira reforma foi na administração de Milsom Costa, com mais uma sala de aula. Na administração de Amâncio Peixoto o estabelecimento foi ampliado, ganhando mais uma sala de aula e uma secretaria.
Em 1999 o prefeito Lenivaldo Brasil reformou novamente a referida escola, contribuindo, dessa vez mais uma sala de aula.


HISTÓRICO DAS PRAÇAS

Aproximadamente no ano de 1980, na administração do prefeito Milson Costa da Silva, teve inicio a primeira praça, no centro do Cuité em frente a igreja de São Sebastião. Nessa administração a obra não chegou a ser concluída, o que havia unicamente era o alicerce. Em uma pilastra havia uma televisão em preto e branco, só depois de muitos anos foi que trocaram por uma em cores.
Por não ter bancos na rua, as pessoas que queriam assistir TV, sentavam-se no chão ou em paralelepípedos.
Todos os dias às 17 horas, o funcionário Rildo Jorge, era o responsável de ligar a TV, para as pessoas assistirem programas preferidos.
Na administração do prefeito Lenivaldo Brasil Fernandes, Cuité ganhou uma nova praça, a “Praça São Sebastião” a mesma compõe-se de bancos, jardins e do Espaço do povo; possui um “telão” e cadeiras. Também havia um parque infantil e que hoje não existe mais, pois foi deteriorado, nesse local funciona hoje um bar, e está iniciada outra obra.
A praça “São Sebastião” foi uma obra construída com recursos próprios, na administração do governador Garibaldi Alves Filho. A mesma foi inaugurada no dia 25 de maio de 2000.
O jardineiro Antonio Alves zela por este patrimônio publico, que é um ponto de lazer e de encontros para adultos, jovens e crianças, do Distrito de Cuité.

CAMPO DE FUTEBOL

A população de Cuité sentia necessidade de ter um campo de futebol. Por não ter na comunidade, deslocavam-se para outros municípios para praticar esportes.
No ano de 1988, na administração do prefeito Milson Costa da Silva, Cuité passou a ter um campo de futebol.
João Batista, Paulo e Antonio Alves se responsabilizaram para providenciar a organização, em cercar o terreno, gramar, e entre outras atividades.
Na época o presidente do time era Josimar Ribeiro de Amorim. Com a organização e um bom time, o Cuité chegou a ser campeão no campeonato Municipal de Pedro Velho.
Em 1997, as terras onde o campo estava encravado, foram vendidas.
O prefeito, Lenivaldo Brasil, comprou essas terras com recursos da prefeitura e doou aos jogadores. Como presidente do time, Antonio Alves de lima afirmou que ainda continua sendo cercado e gramado, e que não houve reformas.
Este patrimônio tem diversas utilidades: não só para jogadores, como para os alunos e para as demais pessoas que praticam esportes.


PERDA DOS QUATRO PROFESSORES DO CUITÉ

No dia 07 de fevereiro de 1996, houve a perda das três irmãs: Maria das Graças, Iraci e Maria da Piedade Pontes Teixeira, professoras da escola Municipal Presidente Castelo Branco; e de Ataíde da Escola Municipal de 1° grau Maior São Sebastião.
Quando vinham na BR 101, no município de Guajú, um caminhão bateu no carro que eles viajavam, onde as três irmãs faleceram no mesmo momento. Horas depois aconteceu o falecimento do professor Ataíde. Rapidamente chegou a noticia do acontecimento, e as famílias abaladas, foram tomar as providencias. No dia seguinte, à tarde, os corpos chegaram na Igreja de São Sebastião, aqui no Cuité.
Maria das Graças era casada com o senhor Jorgival, e tinha duas filhas: Eufrásia e Eugenia. Iraci Teixeira deixou quatro filhos: Leonardo, Leandro, Lissandra e Adiel. E Piedade, solteira, morava com os pais, Luiz e D. Lia Teixeira.
Quando os irmãos que moravam em São Paulo, souberam do acontecimento, vieram para assistir o sepultamento.
Maria da Piedade era pessoa inteligente. Quando recebeu o primeiro salário, montou um armarinho que servia a comunidade. Foi o primeiro que existiu em Cuité.
As irmãs TEIXEIRA serviam a comunidade, não só no colégio, mas também nos trabalhos desenvolvidos na igreja local de São Sebastião.
A perda d’elas abalou, não só a nossa comunidade como também todo o município de Pedro Velho. Cuité sentiu e sente falta dessas pessoas que tanto contribuíram com sua população.

Escola Legal

Poesia Escola Legal

Há se essa rua fosse minha
Eu mandava ampliar
Com uma escola bonita
Para as crianças estudar
Vou agora unir forcas
Com todos dar as mãos
Chamar o alunado a Escola
Com ajuda das instituições
Por onde existir barreira
Vamos todos atravessar
Não basta ser professor
Temos que nos empenhar
Uma Escola tem que ter
um espaço cultural
Para que todos brinquem
Por isso se chama Legal
Pois nela precisa ter
Recursos audiovisuais
Trabalhar também a musica
Pra não tornar rotinas

A aprendizagem depende
não só do ver e do olhar
Mas também de varias maneiras
que o professor poder diversificar
Até cantando e brincando
Fazendo aula de campo
Para o aluno interpretar
É uma maneira fácil
Fica bem sensual
De conduzir suas aulas
Numa Escola Legal.

Autor (Lenaldo)